Parto normal está bom!

Com seu neto, nascido de maneira respeitosa 31 anos depois de seu primeiro parto.
Com seu neto, nascido de maneira respeitosa 31 anos depois de seu primeiro parto.

“Não quero um parto humanizado, não precisa de tanto. Um parto normal está bom.”

Ouvi essa frase muitas vezes. Gostaria de pertencer aqueles corpos, mente e coração para sentir esse desejo. Para decifrar o que as pessoas lêem como parto humanizado.

Imagino que as pessoas entendem o parto humanizado como aquele parto que a mulher não pede analgesia. Que ela tem o bebê em casa, apenas com doula.

Parto humanizado é aquele que a mulher é respeitada e protagoniza esse momento. Ponto. Não existe escala. Não existe pódio.

Mas esses detalhes deixarei para outro post, hoje falarei sobre parto normal, só que um parto normal há 32 anos, no hospital.

Nadja Prado abriu seu coração, expos suas feridas nesta entrevista onde relata como seus filhos vieram a vida.

Ela teve dois partos normais violentos, com plantonistas. O que ela relatou ainda acontece quando mulheres desejam parir, com um agravante: Finalizam com cesáreas desnecessárias.

Leiam e reflitam. Parto normal no Brasil é normal mesmo? É respeito? É normal como a palavra sugere?

Entrevista emocionante. Relatos de uma vida, de décadas atrás, que ainda vive intensamente nos hospitais do Brasil.

Semearmos: Qual sua referência de parto em sua vida? Como surgiu seu desejo de engravidar?

Nadja: Esse surgiu depois que casei e foi compartilhado com meu marido. Um mês depois de casada engravidei.

Semearmos: Qual era a troca de experiências sobre o parto?

Nadja: Nenhuma. As mulheres não falavam sobre parto. Quando engravidei não havia essa conversa. As conversas que haviam era sobre o sexo de bebê, médico do pré natal, roupinha de bebê, berço, quarto decorado. Ninguém discutia via de parto. Era um ritual, quando as mulheres sentiam dores iam para o hospital. Falava-se muito na dor, mas ninguém explicava como poderia ser amenizada. Não havia informação, íamos para o hospital e ponto.

Semearmos: Como foi a sua experiência de parto normal hospitalar? Teve preparo, auxílio da família?

Nadja: Não tive auxílio do médico, ele não passava nenhuma informação sobre sinais do trabalho de parto. Eu simplesmente comecei a sentir dores e fui desesperada para o hospital achando que iria dar a luz em poucas horas.

Semearmos: Como foi sua recepção por parte da equipe hospitalar?

Nadja: Foi horrível. Me colocaram num quarto sozinha e ali eu comecei a ter as contrações. A dor foi aumentando, eu gritava e ninguém me acudia. Eu senti muita fome. Internei cedo e minha filha nasceu a tarde. Eu tinha sede. Delirava pensando em comida e bebida.

Me informaram que eu não podia beber e nem comer. A cada hora um médico vinha fazer o exame de toque.

Semearmos: Eles pediam licença? Informação a você sobre o procedimento?

Nadja: Eles não diziam nada. Eu estava morrendo de dor, o médico chegava na sala com enfermeiras, fazia o exame de toque e dizia:

-Não está na hora. E saia. Eu ficava sozinha, até o momento que me levaram para uma sala de cirurgia e as coisas pioraram ainda mais.

Semearmos: Pioraram por quê?

Nadja: Houve segundo eles uma demora na hora do nascimento. Pediram para eu fazer força, eu fazia, mas não tinha dimensão desta força. Estava anestesiada. Diziam durante a aplicação da anestesia que se eu me mexesse ficaria paralítica. Uma coisa horrível, tudo traumático. Num determinado momento uma enfermeira colocou todo o peso dela sobre a minha barriga. E ela dizia que fazia isso para me ajudar. Foi horrível.

Semearmos: O que você sentiu? Acha que isso era certo? Achava que poderia ter recebido um tratamento diferente? Sofreu episiotomia?

Nadja: No primeiro parto não tive episiotomia, mas no segundo sim. Um corte imenso, minha vizinha que viu a extensão. Mal conseguia sentar de tanta dor. Minha filha nasceu com o braço quebrado, sai com ela com o braço enfaixado.

Não tinha o que questionar. Nós fomos ensinadas a obedecer, os médicos sabem de tudo. Se o médico colocasse o pé na barriga não questionávamos. Estávamos imersas numa ignorância total.

Semearmos: E a questão da amamentação? Como fluiu a amamentação no hospital? Você teve contato pele a pele?

Nadja: No caso da minha filha foi uma demora muito grande e me deixou preocupada. Depois de horas fui amamenta-la. Não sei como ela foi alimentada, a vi no dia seguinte. Mulheres se informem. Hoje vocês tem informação. Minha filha pariu naturalmente, com respeito. Eu estava presente. Vi meu neto nascer rodeado de amor. Ela reescreveu a minha história.

Quantas Nadja recebem seus filhos por um parto normal violento, muitas vezes sem se darem conta?

Parto humanizado não é apenas um parto vaginal, é regaste da essência feminina, superação, amor. É protagonismo, respeito a mulher.

Plano de Parto – Tudo o que você precisa saber!

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Plano de Parto.

Quando ouvi essas três palavrinhas pela primeira vez na minha gestação arrepiei. Na época as gestantes de minha cidade entregavam planos de parto nos hospitais, protocolavam. E eu ai, sem saber nem por onde começar.

Plano de Parto era definitivamente uma novidade na minha vida e acredito que na de vocês.

Hoje existe uma atenção muito grande voltada a elaboração de planos de parto.

Se você conta com uma doula, certifique-se de que ela irá orientá-la na elaboração do mesmo. Senão, sigam as dicas que deixarei aqui de forma clara.

Plano de Parto não é um bicho de sete cabeças para ser criado. Não é um TCC ou uma tese que precisa ser defendida em alemão.

Sua confecção não demanda muito tempo. Eu fiz meu plano de parto em 40 minutos depois que compreendi qual sua função e seu mecanismo de empoderamento.

Plano de Parto nada mais é que uma carta, onde você gestante vai listar o que gostaria de ter ou não no seu parto. É um documento, uma forma de comunicar a equipe quais procedimentos você gostaria ou não que fossem realizados durante seu parto.

Algumas dicas se seguidas sistematicamente trarão um norte para vocês mulheres que ainda não possuem seu plano de parto.

  • Plano de parto deve ser feito tanto para parto domiciliar quanto para parto hospitalar.
  • Para quem optou pelo parto domiciliar a confecção dos dois deve ser feita pois em caso de transferência seus desejos se mantêm documentados.
  • Imprima duas vias. Uma fica com você e a outra vai para a instituição hospitalar e/ou equipe.
  • Nunca copie e cole um plano de parto, pois o mesmo é individual. No meu plano de parto domiciliar solicitei que todas da equipe ficassem descalças. E para você ai no frio do Sul do país? Minha necessidade é igual a sua? Temos as mesmas vontades?
  • Ligue para os hospitais que irá entregar e cheque horários de entrega e pessoa responsável pelo recebimento. Se entregar na secretaria peça que a funcionária assine e carimbe a via que ficará com você. Isso é o tal protocolo comprovando que você entregou o mesmo.
  • Aqui em Campinas os hospitais passaram a rejeitar a entrega antecipada do plano de parto. O mesmo é entregue no ato da internação e seus termos negociados com a equipe no momento. Se informe para não perder viagem.

Quando redigir seu plano, seja educada. Exponha seus desejos preferencialmente embasando-os com evidências científicas.

Ana Cristina Duarte disponibilizou um modelo de plano de parto no livro Parto Normal ou Cesárea – Tudo que a mulher precisa saber. O interessante é a ordem adotada para a exposição dos desejos, o que torna sua exposição clara e te dá a possibilidade de dividir as cartas, se assim desejar por deixar os cuidados com o bebê desmembrados.

Você pode acessar o modelo de parto dela aqui: Plano de Parto

A estrutura é:

TRABALHO DE PARTO -> PARTO -> APÓS O PARTO -> CUIDADOS COM O BEBÊ -> CASO A CESÁREA SEJA NECESSÁRIA.

Para fazer seu trabalho de parto você precisa estar informada. Sei de casos em que o hospital convocou a gestante para uma reunião e discutiu ponto a ponto das solicitações. E ai? Como você vai defender seus desejos se copiou de outras pessoas?

Como você vai solicitar a não tricotomia se por exemplo tem por hábito manter a região genital sem pêlos? E se você não souber o que essa palavra significa? E se você não compreender o motivo de uma negação a uma possível tricotomia?

Por este motivo ter uma doula conectada, disponível e informada para iluminar seu caminho é benéfico e aumenta sua segurança.

Decidi partilhar meu plano de parto com vocês. Meu parto foi domiciliar e eu redigi duas cartas. Uma para a equipe domiciliar e outro para o hospital. Os dois tiveram pedidos muito distintos e o hospitalar seguiu a estrutura do modelo do plano de parto da Ana Cristina Duarte com acréscimos meus.

PLANO DE PARTO DOMICILIAR

Olá! (nome da parteira)

Meu plano de parto já vive em minha mente e coração, agora chegou a hora de compartilhar com vocês meus desejos e anseios neste momento tão especial.

A estrutura dos desejos segue abaixo.

Trabalho de Parto

  • Gostaria que meus animais, meus irmãos de quatro patas, (Bituca, Clarice, Nina Simone e Léo) ficassem livres pela casa, me acompanhando neste momento sem nenhuma restrição. Todos são dóceis, castrados, vacinados e não tem acesso a rua. E sim, possuem a mesma importância de um filho.
  • Gostaria de me alimentar, de ingerir líquidos e de poder me movimentar livremente.
  • Quanto ao uso do celular, peço o uso do mesmo em caso de necessidade. Acredito que a energia, a conexão deste momento não devam ser interrompidos por estímulos externos.
  • Gostaria que respeitassem minhas músicas e minhas orações. Independente da crença dos membros da equipe, não gostaria de sentir nenhuma reprovação implícita.
  • Gostaria de ser informada sobre qualquer anormalidade que transcorra durante o Trabalho de Parto. Não gostaria de ser poupada de informação nenhuma, seja boa ou ruim.
  • Gostaria de manter a bolsa íntegra caso a mesma não esteja rompida.

 Parto:

  • Aceito sugestões, mas gostaria que a decisão final sobre posicionamento fosse decidida por mim intuitivamente durante o parto.
  • Não quero receber nenhuma informação externa. Seja reclamação de vizinhos, do síndico ou quem quer que seja. Por favor, ocultem tudo de negativo do mundo externo de mim. Quero viver essa experiência em sua integralidade sem interferências.
  • Televisão não será ligada em hipótese alguma.
  • Em caso de vocalizações mais altas, independente do horário não quero ser repreendida em nenhum momento.
  • Não gostaria que a palavra “força” fosse mencionada. Meu corpo a fará quando necessário.
  • Dispenso rompimento manual do períneo, tipo dar uma “esticada” com os dedos. Prefiro lacerações naturais a as mecânicas.
  • Gostaria que a iluminação fosse assim como a disposição de incensos e músicas fossem mantidas da forma que escolhi.
  • Após o nascimento quero ser a primeira pessoa a tocar no meu filho. Se for na água gostaria de decidir no momento qual a hora de retirá-lo de lá para trazê-lo aos meus braços. Sei que vou parir um homem e não um peixe abissal, mas neste momento quero o meu tempo, suave e sem pressa.
  • Gostaria que o pai cortasse o cordão após o mesmo ter parado de pulsar.
  • Como alternativa a transferência do domicilio para o hospital, caso a placenta não seja expulsa, aceito a administração de medicamentos e massagens.
  • Em caso de transferência não gostaria que vizinhos ou funcionários do prédio fossem informados sobre o motivo da mesma.

Cuidados com meu boneco

  • Dispenso a administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos. Meus exames estão todos perfeitos, sem infecção de qualquer espécie ou doenças venéreas.
  • Gostaríamos que fosse realizada a administração de vitamina K.
  • Quero fazer a amamentação sob livre demanda.
  • Gostaria de ser informada sobre qualquer intercorrência que venha a acontecer com o bebê, não importa o quão dolorida seja a informação no momento.
  • Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa ao bebê.
  • Gostaria que a decisão de dar banho e quando dar banho fosse restrita a mim e ao meu marido.

Tudo o que escrevi aqui já está sacramentando por conversas e vi no coração de vocês todo o bem querer. Não poderia escolher equipe melhor para me ajudar nessa jornada, para conduzir meus passos, os primeiros nesse mundo de maternagem.

Que o dia, o céu, a lua e as estrelas que o Álvaro escolher para reencarnar seja tão especiais para vocês como será para mim.

Obrigada por todo o carinho e atenção.

Campinas, 24 de Janeiro de 2014

Assinatura (Mãe e Pai)

PARTO HOSPITALAR

Estamos cientes de que o parto pode tomar diferentes rumos por ser um evento fisiológico, porém não abrimos mão de que o amor e respeito estejam presentes neste momento tão único e especial para nós.

Abaixo listamos nossas preferências em relação ao nascimento de nosso bebê, caso tudo transcorra tranquilamente. Sempre que os planos não puderem ser seguidos, gostaríamos de ser previamente avisados e consultados a respeito das alternativas, antes das mesmas serem realizadas.

Nosso consentimento informado é essencial para cooperação e compreensão do que se passa neste período.

Trabalho de Parto

  • Presença do meu marido e doula.
  • Ser chamada pelo meu nome e não pelo número do quarto ou do leito.
  • Sem tricotomia (raspagem dos pelos pubianos) e enema (lavagem intestinal).
  • Sem perfusão contínua de soro e ou ocitocina
  • Liberdade para beber água e sucos enquanto seja tolerado.
  • Liberdade para caminhar e escolher a posição que quero ficar.
  • Liberdade para o uso do chuveiro.
  • Monitoramento fetal: apenas se for essencial, e não contínuo.
  • Analgesia: peço que não seja oferecido anestésicos ou analgésicos. Eu pedirei quando achar necessário.
  • Sem rompimento artificial de bolsa.

Parto

  • Prefiro ficar de cócoras ou semi-sentada (costas apoiadas).
  • Prefiro fazer força só durante as contrações, quando eu sentir vontade, ao invés de ser guiada. Gostaria de um ambiente especialmente calmo nesta hora.
  • Não vou tolerar que minha barriga seja empurrada para baixo.
  • Episiotomia: só se for realmente necessário. Não gostaria que fosse uma intervenção de rotina. E que fosse informada de sua real necessidade para ter a escolha de  aceitar ou não.
  • Gostaria que as luzes fossem apagadas (penumbra) e o ar condicionado desligado na hora do nascimento. Gostaria que meu bebe nascesse em ambiente calmo e silencioso.
  • Gostaria de ter meu bebe colocado imediatamente no meu colo após o partocom liberdade para amamentar.
  • Gostaria que o pai cortasse o cordão após o mesmo ter parado de pulsar.

Após o parto

  • Aguardar a expulsão espontânea da placenta, sem manobras, tração ou massagens. Se possível ter auxílio da amamentação.
  • Gostaria que minha placenta fosse armazenada e descartada por mim posteriormente onde eu julgar melhor.
  • Ter o bebê comigo o tempo todo enquanto eu estiver na sala de parto, mesmo para exames e avaliação.
  • Liberação para o apartamento o quanto antes com o bebê junto comigo. Quero estar ao seu lado nas primeiras horas de vida.
  • Alta hospitalar o quanto antes.

Cuidados com o bebê

  • Administração de nitrato de prata ou antibióticos oftálmicos apenas se necessário e somente após o contato comigo nas primeiras horas de vida.
  • Administração de vitamina K oral (nos comprometemos em dar continuidadenas doses).
  • Quero fazer a amamentação sob livre demanda.
  • Em hipótese alguma, oferecer água glicosada, bicos ou qualquer outra coisa ao bebê.
  • Alojamento conjunto o tempo todo. Pedirei para levar o bebê caso esteja muito cansada ou necessite de ajuda.
  • Gostaria de dar o banho no meu bebê e fazer as trocas (ou eu ou meu marido).

Caso a cesárea seja necessária

  • Exijo o início do trabalho de parto antes de se resolver pela cesárea.
  • Quero a presença da doula e de marido na sala de parto.
  • Anestesia: peridural, sem sedação em momento algum.
  • Na hora do nascimento gostaria que o campo fosse abaixado para que eu possa vê-lo nascer.
  •  Gostaria que as luzes e ruídos fossem reduzidas e o ar condicionado desligado.
  • Após o nascimento, gostaria que colocassem o bebê sobre meu peito e queminhas mãos estejam livres para segurá-lo.
  •  Gostaria de permanecer com o bebe no contato pele a pele enquanto estiver na sala de cirurgia sendo suturada.
  • Também gostaria de amamentar o bebê e ter alojamento conjunto o quanto antes.

Agradeço a equipe envolvida e a ajuda para tornar esse momento especial e tão importante para nós em um momento também feliz e tranqüilo como deve ser.

Muito obrigada,

Campinas, 24 de Janeiro de 2014

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Assinatura:  Mãe / Pai

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Assinatura do Médico Obstetra

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Assinatura do Pediatra

Com as mulheres que doulo indico o uso da ferramenta de gestão SWOT para análise de cenários. Seu uso é ligado a gestão empresarial, mas dada a sua simplicidade pode ser adaptada para outros cenários, incluindo a formulação de seu plano de parto.  É um ponto positivo de partida para a organização de idéias e medidas estratégicas.

As figuras abaixo ilustram como essa ferramenta pode ser útil na definição de estratégias.

Imagine o seguinte impasse: Você deseja um parto domiciliar, porém sua DPP cairá bem durante o Carnaval, época em que as ruas de seu bairro ficam interditadas.

Como traçar o Plano B em caso de remoção?

É ai que a ferramenta SWOT costuma ser extremamente útil para a resolução deste impasse.

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Matriz SWOT

Plano de parto é essencial.

Pensem com carinho, atenção e tenham informações claras ao redigirem o de vocês.

Nele seu desejos tomam forma!

Meu parto, a dor e eu – Milene Fonseca

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Finalizando as postagens dessa semana com o relato de Milene Fonseca!.

A percepção de dor dela foi bem diferente dos relatos que tivemos. Uma boa equipe, uma doula que esteja conectada com a mulher fazem toda a diferença.

A dor é real, é forte e ter uma boa assistência serve como luz para uma estrada que você mulher irá trilhar. Além da questão técnica optar por profissionais com afinidade energética é fundamental para a entrega e confiança.

“A percepção da dor foi terrível, muito mais intensa do que eu imaginava, isso porque sou bem resistente a dor. Nunca tomo remédio para dor de cabeça, nem pra cólica.

As dores apertaram por volta da meia noite e se intensificaram muito durante o frio da noite.Eu percebi total ligação com o frio que eu sentia e a dor, não conseguia ficar debaixo do chuveiro e a água da piscina estava morna, precisava dela mais quente.

As massagens q minha doula faziam eram muito mecânicas e frias, então não ajudou. Ela não ensinou nada a meu marido, então ele só segurava minha mão…A forma mais clara que eu tenho da dor era uma vontade de rolar por cima daquela barriga, pra ver se diminuía a dor, ou então cortar a região (nessa hora já pedia cesárea, rs..). Não cheguei a sentir vontade de fazer força.”

Meu parto, a dor e eu – Carina e Débora

Débora chegando ao nosso mundo.
Débora chegando ao nosso mundo.

Vamos finalizar essa semana com o depoimento da Carina Oliveira!

Ela pariu no plantão de um hospital aqui de Campinas. Levou seu plano de parto, exigiu uma reunião para discuti-lo. Foi aceito, no dia do seu parto teve acesso a bola, chuveiro e foi assistida por uma enfermeira obstetra.

Sua filha veio ao mundo direto para seu colo onde amamentou.

Aqui a Carina conta sua percepção da dor e semana que vem teremos mais depoimentos, Dani Brito abrirá a próxima semana porque enquanto houver mulher, houver partilha, nós seremos o instrumento usado para levar informação e força para quem deseja parir.

“Eu sempre quis ter um parto natural e havia me preparado muito para aquele momento. Durante a gestação eu li muito, participei de grupos, fiz pilates, acupuntura e, principalmente, acreditava no meu corpo e no cuidado de Deus nesse momento tão especial da minha vida. Eu não teria equipe, meu plano era ter um parto hospitalar pelo plantão do convênio e com o auxílio de uma doula.

Quando estava de 36 semanas e 5 dias, à 1h30 da manhã,  comecei sentir contrações bem leves. No início acreditei que fossem de treinamento, porém após duas horas e dois banhos, eu e meu marido vimos que estavam ritmadas e fomos para a Maternidade de Campinas.  Após um atendimento ruim no acolhimento, foi constatado que eu já estava com 4cm de dilatação. Fui encaminhada a sala de  pré-parto e lá muito bem recebida pela equipe de enfermagem, que estava com meu plano de parto em mãos. Minha doula ainda não havia chegado e a equipe de enfermagem me “doulou” enquanto isso, diziam palavras acolhedoras e eram muito carinhosas, também me levaram ao chuveiro para amenizar a minha dor.

A dor era intensa, mas suportável. Meu trabalho de parto foi rápido (total 8 hs desde a primeira contração), minha dilatação evolui muito bem e quase não deu tempo da minha doula chegar! Nesses momentos que estive sozinha, tentei ficar ao máximo na posição vertical (lembrei muito do que havia estudado no livro da Janet Balaskas, “Parto Ativo”). Quando estava quase desistindo e pedindo analgesia, minha querida doula chegou! Como ela não era cadastrada na Maternidade, eu tive que optar entre a doula e meu marido. Na hora achei que a sua presença da dela seria mais útil para me encorajar e amenizar a minha dor e realmente foi! Suas massagens e palavras de incentivo foram fundamentais!

Minha bolsa rompeu quando eu estava com 10 cm de dilatação e logo fomos para o Centro Obstétrico, que já estava preparado para que eu tivesse meu bebê de cócoras. Na hora que minha bebê estava quase nascendo, a doula saiu e meu marido entrou. Que momento abençoado, sem palavras para expressar! E como foi tudo tão calmo, respeitoso… Tudo muito natural, ar condicionado desligado, ninguém me tocou, a enfermeira obstetriz amparava o meu períneo e me olhava com doçura, esperando minha filha nascer no tempo dela…  

Muitas pessoas acham que eu exagero quando digo que a dor do parto é dor de amor, mas é verdade. Sei que doeu, mas foi diferente de qualquer outra dor que senti. Uma dor para algo maravilhoso acontecer em seguida, o nascimento respeitoso da minha filha.”

Meu parto, a dor e eu – Vanessa e Vitória

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“Dor só é sofrimento se não fizer sentido algum.”

Com essa frase é que hoje abrimos o relato do dia. Vanessa Leme nos fala de maneira detalhada sobre sua percepção de dor e parto, onde foi tudo tão rápido que a doula não teve tempo de chegar!

“Eu fui agraciada com contrações “amostra grátis” quatro dias antes do parto, no dia 18/05/15, acordei a 1h da manhã sentindo uma dor que vinha pela lombar e parecia abrir os ossos da bacia, uma forte pressão na pelve, uma vontade de defecar sem a real necessidade de fazê-lo, a barriga enrijecida e baixa, as contrações eram intensas, mas muito irregulares, para aliviá-las utilizei a bola de pilates, foi maravilhoso, sentada na bola eu realizava círculos com o quadril, foram cinco horas assim, várias contrações espaçadas e irregulares, mas foi a partir delas que eu tive uma ideia do que eu enfrentaria no dia do parto.  As 6h da manhã tudo passou e nada senti pelos dias que se seguiram.

No dia 22/05/15, as 3h25 da manhã eu senti minha primeira contração, o meu trabalho de parto já começou intenso, contrações a cada cinco minutos com duração média de dois minutos, daí pra frente foi cada vez mais tenso, e eu confesso que fiquei desesperada nas primeiras contrações que senti, era tudo muito além do que eu imaginava, fui surpreendida, mas lembrei de tudo que eu havia feito para chegar até ali, eu queria aquele parto, eu escolhi passar por aquilo e precisava me concentrar, acreditar no meu corpo.

A bola de pilates não foi tão eficiente quanto havia sido há cinco dias, além disso, meu trabalho de parto foi tão rápido que não pude contar com minha doula, ela chegou muito tempo após a Vitória nascer, então para aliviar minhas dores eu mentalizava a chegada da Vitória, acompanhava (introduzindo o dedo na vagina) de tempo em tempo a descida da minha bebê. O chuveiro foi meu aliado, eu deixava a água mega quente cair na minha lombar, foi assim durante todo o trabalho de parto e quando a contração vinha com toda a sua força eu vocalizava um mesmo mantra, abria a boca, usava o meu corpo e minha voz para expressar abertura, dilatação e rebolava, mantinha o corpo em movimento, mentalizava um fluir de energias em ondas que cresciam e descreciam. A Vitória já estava coroando quando a primeira parteira chegou, uns quinze minutos antes da Vitória nascer,  ela nasceu as 5h25, exatas duas horas após a primeira contração.

Com a dor aprendi que nosso corpo é perfeito, que tudo funciona e que concentração é fundamental, mas entrega é muito mais, aprendi que a dor só é sofrimento se não fizer sentido algum, se não nos trouxer algo bom como resultado, a dor do parto não nos faz sofrer, nos faz crescer, entender a beleza da criação divina, além disso, assim que o bebê nasce é como se nada tivesse acontecido, a felicidade é tão grande, o amor, a satisfação de ter seu filho nos braços, é incrível.”

Meu parto, a dor e eu – Liv e William

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E quem partilha hoje sua experiência de dor no trabalho de parto conosco hoje é a Liv!

Ela se informou, mas não contou com uma doula. E disse que jamais pariria novamente sem contar com uma doula nessa caminhada.

Cada história, um aprendizado e nesse relato fica claro a necessidade de jamais subestimar a dor.

“Olha, é difícil falar sobre isso por que o desfecho não foi o que eu gostaria. Não frequentei grupos, fui deixando tudo levar.

Eu já tinha lido o texto da Carol Darcie dos 5 estágios e os dois primeiros, as frases foram idênticas!

De intensidade de dor, realmente, é a pior dor, a mais forte que senti na minha vida. Isso é fato.

Normal achar que vai morrer. Duvidar da sua capacidade. Por que a dor é muito muito forte e se você não tiver um apoio, ela te desorienta e põe em xeque tudo o que você acredita. Exatamente por isso que somente o marido não é o suficiente como apoio. Ele vê você berrando, gritando e não pode fazer nada. Aí você surta e pede uma cirurgia e lógico que ele vai consentir. Porque a sua dor é dele também.

Por isso que eu digo de novo, dor do parto é superação.

E o psicológico, ah esse também é responsável. Você tem q estar bem. Acreditar em você. No seu corpo.

Doulas são fundamentais e esse é o meu maior arrependimento. De não ter uma ao meu lado.

Por tudo isso que eu digo: Dor do parto é    Superação.

Defina a dor do parto em uma palavra:        Superação.

O que você falaria pra outra mulheres?        Superação.”

Meu parto, a dor e eu – Pâmela e Davi

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Essa semana será muito especial no Semearmos!

Meu parto, a dor e eu. Nosso tema da semana.Um post por dia. Um relato. Uma mulher partilhando a sua vivência pessoal sobre a dor do parto.

Muito se fala sobre ela, muito temor. Com tanta medicalização no parto, quantas mulheres vocês conhecem para trocarem vivências?

Aqui elas tem voz!

Pâmela mãe do Davi conta tudo o que sentiu para nós.

O meu parto foi planejado bem antes de eu engravidar, assim que o filme O Renascimento do Parto apareceu iniciei meu processo de empoderamento. Eu não sabia quando seria, nem como seria, o que eu sabia era que iria parir.

Quando cheguei nas 41 semanas de gravidez, sem nenhuma cólica, nenhum sinal, me bateu aquele desespero, aquela tristeza, fiquei me perguntando: Meu Deus, será possível que vou passar por essa vida sem nem ao menos conseguir parir, nenhuma dorzinha? Com 41 semanas e 4 dias, fui na consulta com a parteira, ela demorou um pouco para atender, acredito que uns 40 minutos, cheguei antes do horário, mal tinha dormido ansiosa, ela estava com outra paciente, nesse tempo tive algumas cólicas, mas a negação começou ai.

Olívia me examinou e verificou que eu estava com 2 para 3 centímetros de dilatação e tampão saindo. Meu Deus, como assim, tudo isso sem nenhuma dor?Fez o procedimento de descolamento de membrana, fomos embora, entrei no carro sentindo dores. Esqueci a bolsa na Olívia, voltei para buscar, marido foi pegar, eu não quis descer do carro, as cólicas estavam mais interessantes, eu queria senti-las.

Daí pra frente elas vieram mais bonitas, lindas, será que era hora? Como eu queria que fosse.

A Gi, minha doula, me aconselhou as 15 horas a tomar um banho longo, lá fui eu e minha bola. Depois de mais de uma hora elas engrenaram e vinham a cada 3 minutos. Eram dores no quadril, como se eles estivessem sendo pressionados. A água descia gostoso nas costas, saí do banho, as 17 a Gi chegou. Comemos, conversamos, as 20 horas passei mal, fui novamente pro chuveiro acredito que às 21:30 a dor realmente ficou séria, eu no chuveiro me sentia cansada, mas falava, ah, se for assim, aguento até 3 dias.

Às 23 elas ficaram intensas, aí eu sentia realmente a pressão no quadril, e aí comecei a gritar pra expulsar tudo o que elas me traziam, gritava pra que apertassem meu quadril e os anjos chamados doulas, a Gi e a Ca apertavam cada uma de um lado, e era bom de mais quando faziam isso meu Deus, como era bom. Tem fotos que a Alana também apertou, mas coitadas eu nem via só gritava apertaaaaaaaaaa.

É incrível como me lembro pouco dessa dor, me lembro da alegria que era estar conseguindo chegar nesse momento, pensava que estava ajudando meu filho e meu Deus como era bom saber que ele estava chegando, quando realmente aceitei que eu estava parindo, fui pra banheira, e ali eu senti realmente o alívio da dor, a cada contração aquela água quentinha nas minhas costas eram demais de delicia. Ainda lembro da cena, eu, na minha banheira, na minha casa, tendo as tão sonhadas contrações. Elas foram longe, duraram muito, tive edema, ele estava segurando meu bebê, e isso me assustou, mas fui racional, tentei estar no controle da situação se as meninas falassem pra eu virar de ponta cabeça, eu virava, e virei fiquei de 4 apoios na banheira, andei pela casa, subi e desci escada, a pior posição foi na banqueta, nossa que horrível ficar sentada nela, disso eu lembro, de que não quis ficar nela e fui respeitada. Gi fez rebozo.

Quando era umas 8:30 a Olívia me sugeriu que colocássemos gelo pra amenizar o edema, ou teríamos que ir para o hospital tomar anestesia. Eu tinha consciência disso, já havia estudado sobre. Depois de uns 10 ou 15 minutos falei que não ia esperar mais, queria logo colocar o gelo. Subi para o quarto, no meio de uma contração, como onça, motivada por eu quero logo ver meu filho. No momento do procedimento eu estava abraçada a bola e era muito boa essa posição, de quatro.

Ai antes mesmo de colocar o gelo, Olívia conseguiu retirar uma parte do que estava atrapalhando a passagem e o Davi desceu.  A ele desceu e vencemos juntos o edema. Aí eu posso dizer que a dor começou, não a das contrações, essas desapareceram. Aquele mardito daquele circulo de fogo veio que veio queimando tudo, eu queria sumir, eu queria correr, eu queria fazer toda força possível pra que isso acabasse logo, e não acabava. Nessa hora a Gi e o marido seguravam na minha mão, como isso foi importante, eu estava em pânico com medo de machucar, de não conseguir. Do procedimento até o nascimento do Davi foram 18 minutos, que pra mim foram eternos, foi o único momento em que tive pânico da dor, a queimação quando ele passava me fez fazer força, muita força, a cabeça passou, e com ela a dor também. A próxima contração, outra vez a queimação, Olívia nos ajudou, meu bebê nasceu. Tudo passou, estávamos nós, sem dor, sem sofrimento, sem separações. Nosso mundo completo.”

Estou grávida. Quero parir. E agora?

Elis Freitas Fotografia
Elis Freitas Fotografia – Evilyn

“Você precisa de informação. Informação é tudo, é poder.”

Certo. Você compreendeu que para fazer qualquer escolha, ainda mais referente a via de parto é necessário informação. Mas onde consegui-la? E como filtrar o joio do trigo?

Quando descobri que estava grávida, me vi perdida. Queria parir, mas como parir? Chegando na consulta e pactuando com o médico? Mas pera lá! Não quero parir como minha mãe, vitima de inúmeras violências.

Como faço?

Entrei no google e comecei a pesquisar, onde parir em Campinas. Encontrei um relato antigo de uma mulher de Americana que pariu no CAISM. Chorei, foi tão respeitoso. Ela ficou numa sala com uma penumbra apenas. Marido participou, cortou o cordão.

Terminou, tomou banho, comeu e ficou aninhada com seu filho. Pronto! Era isso que eu queria!

Inocente liguei para o telefone do site.O médico que assistia os partos não estava mais lá e tudo aquilo tinha acabado. Fiquei triste e desolada. E agora?

Minha amiga e doula que pariu em casa me acolheu e me guiou nessa busca. E assim, nos meses seguintes sorvi cada gotinha de informação. Embora não pudesse frequentar os grupos por conta do trabalho, lia bastante e participava deles virtualmente.

Foi essencial. A informação, a comunhão com outras mulheres que passavam pelo mesmo processo despertou uma força que eu sequer imagina existir.

Como sou de Campinas SP, vou fazer um passo a passo sobre como se manter atualizados e informados deixando contatos dos grupos presenciais daqui. Ferramentas essenciais para a busca e conquista do parir.

Grupos virtuais

Em Campinas temos alguns grupos virtuais, mas o mais expressivo é o Parto Humanizado Campinas e Região.

Ele tem um arquivo grande de informações e relatos de parto. Usem o recurso da lupa para pesquisas. Ali você encontra depoimentos importantes de mulheres sobre atendimentos.

Procura um médico humanizado? Não tem certeza se o seu é? Além de consultar as taxas de cesariana fornecidas pelas operadoras, você pode colocar o nome dele(a) na lupa e ver a experiência de outras mulheres.

O link é:

https://www.facebook.com/groups/partohumanizado1/?fref=ts

A luta não para no parto. Apenas se inicia, portanto recomendo fortemente que vocês façam parte de grupos de amamentação também.

O GVA (Grupo Virtual de Amamentação) tem 28 mil membros. É incrível! Bem organizado e claro. Façam parte!

https://www.facebook.com/gvamamentacao?fref=ts

 

Grupos presenciais em Campinas: (Seguem em ordem alfabética)

  •  Arte de Nascer

Rua Luiz Smânio, nº 944 / Bairro: Jar4dim Chapadão/ Campinas SP.

  • Espaço Dar a Luz

Rua Rua Roge Ferreira / Campinas SP/  Fone: 3251-8137

  • Espaço Mulheres Empoderadas

Rua Clodomiro Franco de Andrade Jr, 597 /Jd do Trevo/ Campinas, SP.

  • Samaúma

Espaço Sabiah

Rua Paulo Lanza, nº 91 / Barão Geraldo / Campinas SP.

  • Vínculo

Espaço Pitanga

Rua Gonçalves César, nº 86 / Guanabara / Campinas SP.

De todos os grupos postados fui ao Samaúma e ao Espaço Mulheres Empoderadas. Grupos são assim, existem vários, mas você vai sentir o qual terá mais afinidade.

O Vínculo tem uma biblioteca bacana. Por um valor pequeno é possível ficar com 15 dias com um livro e renová-lo por mais 15 dias.

Dicas de livros:

Parto Ativo

Janet Balaskas

Esse livro é essencial para nosso auto conhecimento. Nós sabemos parir, havendo mobilidade e liberdade instintivamente encontraremos a melhor posição, o que não invalida a leitura desse belo livro.

A maternidade e o encontro com a própria sombra

Laura Gutman

Livro delicado que lida com nossas descobertas e sentimentos ambíguos depois que parimos. Sua leitura para mim foi um bálsamo, libertadora. Recomendo.

Parto com Amor

Luciana Benatti

Revela a trajetória percorrida por nove mães – entre elas a autora – para conquistar o parto desejado. Seus medos, fraquezas e dificuldades estão aqui expostos da mesma forma simples e sincera com que suas alegrias e vitórias são compartilhadas. O instante do nascimento, as horas que o antecederam e os primeiros momentos de vida do bebê são eternizados em fotos que transbordam emoção.

Dica de Filme:

 O Renascimento do Parto

O filme “O Renascimento do Parto” retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado hoje pela ciência. Tal situação apresenta sérias consequências perinatais, psicológicas, sociais, antropológicas e financeiras. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.

 Humanização no Facebook:

Melania Amorim

Melania nos presenteia diariamente evidências a favor no parto natural. Chega de medo, de histórias tristes, na página dela é ciência que conta.

https://www.facebook.com/melania44?fref=ts

Blog da Melania

estudamelania.blogspot.com.br

 Ana Cristina Duarte

Por ela mesma: Obstetriz pela Universidade de São Paulo, Bióloga pela USP, escritora, ativista pelo direito de todas as mulheres a um parto digno, mãe de dois adolêsr ela mesma:

https://www.facebook.com/DuarteAnaCris?fref=ts

 Divas Parideiras

https://www.facebook.com/divasparideiras?fref=ts

Página onde é possível encontrarmos vários relatos de mulheres que lutaram e pariram. Uma delícia ver as atualizações na timeline. Ocitocina pura!

Cesárea não, obrigada!

https://www.facebook.com/groups/cesareanao/?fref=ts

Esse é um apanhado para vocês terem um ponto de partida. Saiba que nessa caminhada não faltará apoio.

Mas é preciso dar o primeiro passo. Não adianta deixar a decisão para parir nas mãos de Deus ou do médico. O parto é seu. Sempre.